O grupo publicou resultados anuais 2014/2015 em linha com as nossas expectativas. A expansão da sua gama de serviços de telecomunicações na Europa deve dinamizar o desempenho futuro.
Graças à melhoria no segundo semestre, a Vodafone conseguiu, como esperado, limitar o declínio do VN a 0,8% em 2014/2015 (fecho a 31/03) e do resultado operacional a 6,9%. Tal como os homólogos europeus, o grupo observa sinais de estabilização no desempenho na Europa (68% das vendas).
Graças à venda da participação na Verizon Wireless, o grupo regressou recentemente a uma estratégia mais ofensiva, ao comprar os principais operadores de cabo na Alemanha e Espanha. Especialista em rede móvel, procura oferecer uma oferta completa de telecomunicações (móvel, fixo, Internet e televisão). Esta estratégia de aquisições tem algum risco, mas as elevadas quotas no mercado móvel facilitam as operações.
Nos países emergentes (32% das vendas), o abrandamento económico limita a subida do lucro operacional a 5,8%, mas as fortes posições em alguns países com elevado potencial de crescimento, como a Índia (10% das vendas), representam uma vantagem competitiva.
O presidente da Liberty Global, a maior operadora de cabo na Europa, fez um apelo à Vodafone, bem recebido pelos investidores, para a aproximação dos dois gigantes. Mantemos a previsão de lucros por ação para 2015/2016 nos 7,2 pence e 7,9 pence para 2016/2017.
Cotação à data de análise: 253,75 pence