A melhoria das previsões de crescimento a longo prazo e a cotação inferior à concorrência levam-nos a alterar o conselho. A ação está agora correta. Pode manter.
Os lucros do primeiro trimestre cresceram 4% em relação ao ano anterior, para 0,04 euros por ação. Uma melhoria que deverá continuar nos próximos meses. Mantemos a previsão de lucros por ação de 0,23 e 0,3 euros para 2015 e 2016 respetivamente.
O ponto fraco do grupo é a elevada taxa de incumprimento de crédito, entre as mais altas do setor. Mas, após o máximo registado há um ano (14,3%) iniciou uma trajetória descendente que parece consolidar-se (13,3% agora), que reduzirá progressivamente o prejuízo por incumprimento.
O problema é agora as baixas taxas de juros: a diferença entre o montante obtido pelos créditos e o montante pago pelos depósitos é mais baixo do que nunca, rondando 1,39%, enquanto há um ano era 1,46% e há cinco anos 2,20%.
A incerteza mantém-se no curto prazo, pelo que o risco é mais elevado do que a média, mas as perspetivas melhoram a longo prazo: a atividade está em progressão e o banco, após os aumentos de capital, está bem capitalizado. Além de subir as previsões de crescimento para o longo prazo, alteramos o conselho de vender para manter.
Cotação à data de análise: 4,67 EUR