O resultado trimestral desiludiu, com a Impresa a registar perdas inesperadas. Apesar da melhoria da conjuntura nacional, baixámos as previsões mas devido à queda da cotação, o título está correto. Pode manter.
Após um bom ano de 2014, em que os lucros subiram 67%, a Impresa voltou a desiludir no início de 2015, tendo registado perdas de 0,02 euros por ação no primeiro trimestre. Na base deste fraco resultado está sobretudo a queda brusca das receitas de concursos com participação telefónica, que foi responsável por 95% da descida de 10,4% das receitas do grupo.
Contudo, as receitas de publicidade também caíram 2%, interrompendo a recuperação dos últimos trimestres. Assim, apesar do bom controlo dos custos, o lucro operacional teve uma queda muito acentuada, tendo sido apenas ligeiramente positivo. A nível financeiro, as notícias também não foram favoráveis, com o resultado a piorar 32,5%, devido a efeitos cambiais negativos, e a dívida líquida a subir 8% no trimestre, contrariando a tendência de queda dos últimos anos.
Apesar do fraco resultado trimestral, o grupo mantém os objetivos de consolidação da melhoria operacional registada o ano passado e de redução da dívida, beneficiando também da melhoria da conjuntura económica nacional.
Os resultados trimestrais foram inferiores ao esperado, pelo que baixámos as estimativas de lucros por ação de 0,09 para 0,05 euros em 2015 e de 0,12 para 0,11 em 2016. Ainda assim, devido à queda da cotação, o título está correto.
Cotação à data de análise: 0,88 EUR