Apesar de tentar reorientar a atividade para a distribuição de eletricidade, a Exelon continua dependente da produção de eletricidade, estreitamente ligada ao preço do gás natural. Manter.
O primeiro trimestre da Exelon veio ligeiramente acima das nossas expectativas (0,8 USD por ação), o que ainda assim não altera o nosso conselho. De facto, como antecipávamos, a recuperação do preço do gás natural, que influencia o preço da eletricidade, foi um fenómeno efémero: perdeu quase 50% desde o pico de fevereiro de 2014.
Ainda que a Exelon tente diversificar a sua atividade para a distribuição de eletricidade (uma atividade mais regulamentada, menos dependente do preço da eletricidade e atualmente mais rentável), a produção de eletricidade representa ainda 50% do VN. Por outro lado, esta reorientação do modelo de negócios, baseada exclusivamente em aquisições, nem sempre está a acontecer a bons preços, à imagem da aquisição em curso do distribuidor de eletricidade Pepco (por 6,8 mil milhões de USD).
Nem tudo são más notícias, contudo. A Exelon poderá beneficiar da reforma do mercado da eletricidade, que visa remunerar os produtores em função da sua capacidade de responder a picos de consumo, um aspeto em que as centrais nucleares da Exelon têm vantagem sobre as energias renováveis.
O reforço da regulamentação das emissões de carbono vai por sua vez trazer uma vantagem face aos concorrentes baseados em combustíveis fósseis.
Cotação à data de análise: 34,40 dólares