Graças à melhoria das margens na refinação, a queda dos lucros no 1.ºtrimestre foi moderada. O crescimento da produção permanece dinâmico e o dividendo é sustentável.
Como esperado, a Chevron registou um recuo dos lucros nos primeiros três meses do ano, devido à queda do barril de petróleo. De resto, os lucros a montante (exploração e produção) foram divididos por três em relação ao ano passado. Nos Estados Unidos, a Chevron está mesmo no vermelho (perda de 460 milhões dólares, ou seja, 25 cêntimos por ação), dado que a produção de petróleo não é sustentável a esse preço.
Mas apesar deste contexto difícil, a Chevron consegue limitar os danos. Por um lado, a melhoria das margens na refinação (com os lucros a duplicarem neste trimestre) e o impacto positivo do efeito cambial (o que representa mais de 20% dos lucros obtidos) permitem compensar parcialmente a quebra dos lucros.
Além disso, a produção de hidrocarbonetos continua a crescer de forma constante (mais de 3% no trimestre) e o gigantesco projeto de gás natural liquefeito (Gorgon) deverá começar a dar frutos nos próximos meses. Apesar da baixa liquidez atual, o grupo mantém o dividendo trimestral nos 1,07 dólares (rendimento bruto anual de 4%).
No entanto, continuamos confiantes na capacidade do grupo para aumentar a liquidez (projeto Gorgon). Estimamos lucros por ação de 5,20 dólares para 2015 e de 7 para 2016. A ação está barata. Pode comprar.
Cotação à data de análise: 108,65 dólares