Depois de um período difícil (dois avisos sobre resultados em 10 meses, setembro de 2013 e julho de 2014), a Adidas procura corrigir o rumo.
No primeiro trimestre de 2015, apoiada num volume de negócio (VN) com crescimento orgânico de 9% (17%, se considerarmos os efeitos cambiais), o lucro por ação avançou 10,9% para 1,08 EUR. Além do crescimento da marca Adidas (+11%), também a Reebok operou uma reviravolta (+9%) e a evolução na América do Norte, onde o grupo tem problemas de competitividade, foi encorajadora (+7%).
Mas há que ter em conta que o primeiro trimestre de 2014 foi fraco e facilita estas comparações. A tentar aumentar a sua credibilidade, a administração comprometeu-se com um plano a 5 anos que nos parece demasiado ambicioso: um crescimento anual médio de 8% do VN e de 15% do lucro por ação de 2016 a 2020.
O desempenho no primeiro trimestre leva a pensar que atingir estes objetivos será difícil. A estratégia pode ser apropriada (foco nas grandes cidades e no comércio eletrónico, menor número de modelos), mas será difícil superar a concorrência da Nike e da Under Armour.
Mantemos as previsões de lucro por ação para 2015 e 2016, respetivamente, em 3,30 e 3,65 euros.