A Teva adquiriu o grupo americano Auspex, um especialista em doenças do sistema nervoso. A cotação subiu, mas ainda é cedo para vender. Pode manter.
A Teva reforça assim a sua carteira de produtos destinados a tratar maleitas do sistema nervoso, adicionando assim ao seu portfólio o SD-809, um tratamento para a doença de Huntington (degenerescência neurológica), em que os resultados em fim de desenvolvimento clínico se mostraram favoráveis.
Espera-se a comercialização nos Estados Unidos em 2016, e novas indicações (discinesia, síndrome de Tourette) devem seguir-se. A operação será no entanto dispendiosa (um prémio de 42% sobre a cotação em bolsa da Aus-pex antes do anúncio) e só deverá produzir frutos em 2017.
A Teva pode encontrar aqui uma fonte de crescimento alternativa aos seus dois principais tratamentos das doenças do sistema nervoso, o Copaxone e o Azilec, que vão perder em breve as suas patentes: 2015 e 2017, respetivamente. Mas não deve ser suficiente para compensar as vendas perdidas. E espera-se também uma aquisição para se reforçar nos genéricos.
Assim, as compras devem prosseguir. Até lá, a Teva tem de contar com o lançamento de produtos genéricos como o Diovan da Novartis e o Nexium da AstraZeneca, realizados no início do ano. Deixamos as previsões de lucros inalteradas em 5,15 dólares por ação para 2015, mas reduzimos as previsões de 2016, entre 5,05 e 5,10 dólares por ação.
Cotação à data da análise: 66,02 USD