A concentração da General Electric é positiva para os acionistas. Os investidores deverão voltar a interessar-se pela ação nos próximos meses à medida que a operação se torne mais clara. Pode comprar.
Embora consistente com a estratégia dos últimos anos, a dimensão da concentração da General Electric (GE) surpreende. Em 2018, irá obter 90% dos resultados na indústria (energia, saúde, aviação) contra 60% em 2014. Vemos neste anúncio a vontade da administração compensar a diferença de valorização entre o grupo e os concorrentes como as americanas Honeywell ou United Technologies, presentes na indústria. Tendo em conta a regulação, as atividades financeiras consomem elevados capitais e não se investe em crescimento.
Esta operação permitirá à GE apresentar-se aos investidores de forma concentrada em atividades mais dinâmicas, como aviação (motores), saúde ou energia (turbinas). Esta última será reforçada nos próximos meses por ativos da Alstom. Os recursos obtidos com a venda serão devolvidos em grande parte aos acionistas via subida do dividendo após 2016 e aumento da compra de ações próprias. Isso vai compensar parcialmente a queda nos lucros por ação devido às alienações.
Por prudência, estimamos lucros por ação para 2018 de 1,6 dólares face aos anteriores 1,8. O primeiro trimestre de 2015 foi impactado por uma grande despesa referente a essas operações. Aos níveis atuais, a ação está barata.
Cotação à data da análise: 27,02 USD