A Diageo anunciou uma queda nas vendas, mas o mercado esperava sinais de melhoria. Esta situação deve ser temporária e não altera as perspetivas de longo prazo do grupo. A ação está correta. Pode manter.
Os investidores ficaram desiludidos. Apesar de habitualmente o grupo britânico do setor de bebidas apresentar resultados em crescimento no terceiro trimestre do seu exercício fiscal (as contas anuais encerram a 30 de junho), desta vez registou uma quebra, ainda que ligeira, da atividade de 0,7%. A recuperação do mercado norte-americano teve lugar, mas é mais suave (+0,9%) do que o esperado.
Trata-se de uma deceção, dado o contexto económico mais favorável nos Estados Unidos. Além disso, a queda dos preços dos combustíveis promove o consumo noutras áreas, incluindo as bebidas espirituosas.
Nos outros grandes mercados, a situação também permanece difícil. Na Europa, o grupo continua a registar um declínio ou, na melhor das hipóteses, uma estabilização das vendas. A procura nos países emergentes é penalizada pelas restrições à venda de álcool, como é o caso da Indonésia.
Ainda que o crescimento não deva retomar antes do próximo exercício, a Diageo deverá ser capaz de defender a rentabilidade, ajustando os custos de marketing. Mantemos a previsão de lucros por ação nos 90 e 100 pence para 2014/2015 e 2015/2016, respetivamente. A ação está corretamente avaliada. Pode manter o título em carteira.
Cotação à data da análise: 1870,50 p