Os resultados do primeiro trimestre são melhores do que o esperado. O grupo continua a estimar os acionistas, com um aumento regular dos dividendos e a compra de ações próprias. Pode manter.
Desde a separação dos medicamentos patenteados, a farmacêutica Abbott continuou a sua transformação com o reforço nos países emergentes, ao ponto de 70% das vendas serem feitas fora dos Estados Unidos. Portanto, não surpreende que a força do dólar penalize os resultados.
Assim, o volume de negócios do primeiro trimestre cresceu 10%, excluindo efeitos cambiais, mas apenas 3% em dólares. No entanto, o lucro por ação (excluindo elementos excecionais) aumentou 34%, devido à redução de custos, lançamento de novos produtos e ganhos cambiais.
Além disso, a Abbott concluiu a venda dos medicamentos (sem patente e comercializados em países desenvolvidos) à Mylan em troca de ações próprias. O laboratório já vendeu um terço dessas ações, reduzindo a participação no capital da Mylan de 22 para 15%. Esta operação representa 2 mil milhões de dólares, que serão usados para financiar o programa de compra de ações próprias (3 mil milhões anunciados em setembro). A oferta de compra da Teva sobre a Mylan, caso se concretize, será um bom negócio para a Abbott.
O laboratório confirmou as previsões para 2015. Estimamos lucros por ação de 2,20 e 2,40 dólares, em 2015 e 2016, respetivamente.
Cotação à data de análise: 47,49 USD