Os resultados operacionais saíram em linha com as nossas expectativas, mas o lucro foi prejudicado pela área financeira e maiores perdas por imparidade. Venda.
O volume de negócios (VN) e EBITDA saíram em linha com o que esperávamos: evolução de +1,5% e -2,6% face a 2013, respetivamente. Os resultados financeiros ficaram abaixo do esperado (agravamento de 21,7%), devido ao aumento do endividamento médio e de redução das taxas a que os seus excedentes de tesouraria são remunerados. Foi o principal fator para que o resultado líquido de 112,8 milhões de euros (-22% face a 2013) tenha ficado abaixo do que esperávamos.
Por negócios, a Portucel é o segmento mais importante (77% do VN) e com melhor margem (margem EBITDA 21,3%) da Semapa. A produtora de papel entrou num ciclo de novos investimentos, mas o grupo tem uma forte capacidade de gerar liquidez e o endividamento está controlado (o rácio dívida líquida/EBITDA da Semapa está em 2,7). Nos cimentos, as vendas cresceram dentro do esperado (+5% face a 2013) mas as margens ficaram um pouco aquém.
A direção mostra-se mais otimista para 2015. Nós acreditamos que a baixa do euro e a retoma na economia europeia devem impulsionar os resultados. Assim, revemos em alta ligeira os resultados por ação, esperamos 1,07 euros em 2015 (antes, 1,05) e para 2016 prevemos 1,12 euros. Contudo, dada a valorização recente em bolsa, a ação ainda está cara. Venda.
Cotação à data da análise: 12,81 EUR