Queda de 15% das vendas em 2014, afetada pela divisão de energia na Europa. Mas tem boas perspetivas de crescimento e um dividendo confortável. Pode comprar.
Como antecipámos, a divisão de energia na Europa penalizou os resultados. Além de condições de preços desfavoráveis, as vendas de gás em França foram afetadas por um clima ameno.
Na Bélgica, a indisponibilidade de duas centrais nucleares, que deverão retomar o funcionamento em julho, também penalizou o lucro líquido: cerca de 40 milhões de euros/mês. Excluindo essa divisão, o lucro operacional do grupo manteve-se estável, apesar da seca no Brasil que penaliza as fábricas hidroelétricas localizadas nessa região.
Apesar destes elementos excecionais (meteorologia e centrais nucleares), que devem gradualmente normalizar, continuamos a recomendar a compra. Por um lado, as atividades nos mercados emergentes, novo motor de crescimento do grupo, continuam dinâmicas. Por outro, apesar do difícil ambiente na Europa, a GDF Suez tem uma tesouraria estável e reduziu a dívida de 1,3 mil milhões de euros, permitindo-lhe confirmar o pagamento de um dividendo mínimo de 1 euro por ação (rendimento bruto de 5%).
O grupo também prevê cortes nos investimentos, a fim de limitar o impacto da queda dos preços do gás sobre os resultados. Reduzimos as previsões de lucros para 2015 (1,44 para 1,23 euros) para ter em conta a paragem prolongada das fábricas belgas.
Cotação à data da análise: 19,88 EUR