No seu dia do investidor, a Galp reduziu algumas metas de crescimento futuro. Revimos em ligeira baixa os lucros para este ano, mas a ação continua barata. Comprar.
Tal como prevíamos, a Galp baixou em 20% as suas previsões de investimento médio anual para 2015-2019. Em causa está a descida acentuada do preço do petróleo e a difícil situação da Petrobras, que reduziu o investimento previsto nos próximos anos e é a principal parceira da Galp na exploração & produção de petróleo no Brasil.
Estes fatores originam um atraso no calendário de desenvolvimento dos projetos, em especial no Brasil, que é o grande mercado de crescimento da produção da Galp. Apesar da maior prudência, o grupo estima um crescimento médio anual da produção de 25 a 30% até 2020. Já o EBITDA recorrente deverá subir 20% ao ano entre 2014 e 2019, ainda assim, abaixo da anterior previsão de 25% mas muito em linha com as nossas expectativas.
A queda do preço do petróleo penaliza a empresa, pois baixa a rentabilidade na exploração & produção, embora suba as margens na refinação & distribuição, que é um segmento que tem atualmente um peso maior na Galp do que noutras petrolíferas.
A longo prazo, dado o crescimento previsto na exploração & produção, a Galp beneficiará da previsível recuperação do preço do petróleo. Mas, por prudência, baixámos as previsões de lucros por ação para 2015 de 0,30 para 0,28 euros. Para 2016, mantemos os 0,44 euros (sem o efeito muito volátil da valorização dos stocks).
Cotação à data da análise: 9,91 EUR