Atingida pelos genéricos, a Eli Lilly viveu o seu pior ano em 2014, e a previsão para 2015 veio abaixo do esperado. Mas a situação está a melhorar e o dividendo é elevado. Pode manter.
O ano de 2014 foi particularmente difícil para a Eli Lilly, muito pressionada pela concorrência dos genéricos ao Cymbalta (depressão) e Evista (osteoporose), cujas vendas caíram 70% e 55%, respetivamente, nos primeiros 9 meses de 2014. O laboratório diminuiu também a sua previsão de lucros para 2014 (os resultados oficiais serão publicados a 30 de janeiro).
Para o ano fiscal de 2015, a Lilly espera um retorno ao crescimento, com vendas que devem situar-se entre 20,3 e 20,8 milhões de euros, e um lucro por ação entre 2,4 e 2,5 USD. Esperávamos mais, sobretudo com a aquisição do negócio de saúde animal pela Novartis, concluído a 1 de janeiro de 2015 (mais cedo que o previsto). A partir de 2016, os lançamentos de novos produtos estarão em evidência.
Apesar das dificuldades, o dividendo mantém-se em 1,96 dólares americanos por ação (rendimento do dividendo próximo de 3%, à cotação atual). E, no que consideramos uma prova de confiança da gestão, prevê um aumento de 2% do seu dividendo trimestral a partir do 1º trimestre de 2015, quando este se mantinha inalterado desde 2009.
Esperamos agora um lucro por ação de 2,25 USD para 2014 (antes, 2,35 USD) e 2,5 USD para 2015 (antes, 2,65 USD). Para 2016, contamos com 2,8 USD.
Cotação à data da análise: 70,87 USD