A recuperação dos resultados estimula a subida da cotação. Tendo em conta a valorização, limite-se a manter a ação em carteira. Pode manter.
Ainda que em geral tenha ficado em linha com as nossas expectativas (mas abaixo do mercado), o Bank of America (BoA) registou um fraco quarto trimestre. Apesar da melhoria na economia, o banco é penalizado pela atividade de crédito imobiliário e verificam-se dificuldades no trading.
Pela positiva, ao nível da redução de custos, o banco obteve novas conquistas no plano de reorganização. Mas à imagem de todo o setor, não existem motores de crescimento (subida das taxas, crescimento económico...), o que dificulta a recuperação.
Mantemos as estimativas de lucros por ação para 2015 (1,4 dólares) e para 2016 (1,8 dólares, caso se verifique o retorno ao equilíbrio nas atividades do setor imobiliário e na ausência de novas multas). O banco irá beneficiar a nível das comissões obtidas com o relançamento da economia do país e o seu impacto sobre o consumo (cartões de crédito, créditos ao consumo, crédito automóvel...).
Além disso, a Reserva Federal americana vai forçar bancos a aumentar os fundos próprios (almofadas de segurança) para resistir a acidentes. Ainda não sabemos qual o impacto sobre o BoA. Mas de acordo com o regulador, a maioria dos grandes bancos (incluindo o BoA) já cumpre os novos requisitos.
Cotação à data da análise: 15,26 USD