A cotação parece apoiar-se sobretudo em muitas promessas, e ainda na esperança vaga de uma nova proposta de compra da Pfizer. Venda.
O grupo expandiu a sua carteira de produtos em desenvolvimento, e procura obter 8 a 10 novos produtos homologados em 2015-2016. Conta ainda com a sua área oncológica (esperam-se 6 novos tratamentos até 2020), que a prazo se deve tornar o seu sexto polo de crescimento, graças aos promissores produtos de imunoterapia (estimulação das defesas imunitárias).
Mas até lá, os investidores terão que ser pacientes, pois o laboratório deve perder em breve duas patentes importantes relativas ao Crestor e ao Nexium. Além disso, o objetivo de vendas extremamente ambicioso para 2023 (45 mil milhões, contra 25,7 em 2013) parece sobretudo ter servido de pretexto para recusar a oferta da Pfizer.
Mesmo o objetivo para 2017, manter um nível de vendas idêntico ao de 2013, parece excessivo face às perdas de licenças que se avizinham, e ao aumento da competição nas áreas da diabetes e das doenças respiratórias (dois dos polos de crescimento da empresa).
Finalmente, a especulação quanto a uma nova oferta de compra por parte da Pfizer deve desvanecer-se, com as medidas tomadas pelas autoridades americanas que tornam a operação menos atrativa do ponto de vista fiscal, e ao acordo entre a Pfizer e a alemã Merck na oncologia.
Esperamos um resultado por ação de 118p em 2014, 129p em 2015 e 144p em 2016.
Cotação à data da análise: 4580,00 p.