- O Mapfre Invista 2019 é um seguro de capitalização ligado a um fundo de investimento do tipo Unit Linked. Tem um prazo de 6 anos e 229 dias.
- O investimento neste seguro é efetuado através do pagamento de um prémio único, com valor mínimo de 2 mil euros e máximo de 100 mil euros, não sendo possível efetuar entregas extraordinárias.
- A carteira de ativos está inteiramente investida em obrigações de dívida pública italiana com maturidade em 15 de novembro de 2025.
- Os seguros de capitalização apresentam uma taxa de imposto mais baixa se aplicar por mais de 5 anos (22,4%). Por prazos inferiores é aplicada a taxa normal de 28%.
Resgate antecipado duplamente penalizado
Em caso de resgate total receberá o menor dos seguintes valores: o capital investido ou o resultante da multiplicação do número de unidades de conta detidas pelo valor da cotação de cada unidade, deduzido dos respetivos encargos de resgate, bem como os reembolsos parciais programados. Ou seja, só há garantia de capital no vencimento, já que antes dessa data fica sujeito a uma cotação.
Se o resgate total ocorrer na primeira ou na segunda anuidade da vigência da apólice é aplicado um encargo de 2,5%; se ocorrer na terceira ou na quarta anuidade é cobrado 2%; se ocorrer nas restantes anuidades aplica-se a comissão de 1,5%.
Assim, o resgate antecipado é duplamente penalizado: quer pela cotação a ter em conta no resgate, que pode ser inferior ao valor de aquisição, quer pela comissão de resgate.
Rendimento de 1% ao ano
O objetivo deste seguro é garantir o capital investido no vencimento, bem como o pagamento, na forma de reembolsos parciais programados, da rentabilidade resultante das taxas de juro brutas durante o prazo do contrato sobre o valor investido no fundo. A taxa de juro é fixa durante todo o contrato: 1,35% bruta, ou seja, 1% líquida, supondo que mantém até ao fim. A taxa de juro bruta não depende da evolução dos ativos subjacentes. Este produto não atribui participação de resultados.
Não é alternativa aos depósitos
Atualmente os seguros de capitalização parecem ter recuperado algum vigor comercial, sendo apresentados como alternativa aos depósitos, cujas taxas estão próximas de zero e sem perspetiva de subida a curto prazo. Mas serão uma boa alternativa? Não. Em primeiro lugar, nos depósitos não há comissões por resgates antecipados (no limite, perde os juros); a segunda razão é a segurança (os depósitos estão ao abrigo do Fundo de Garantia e os seguros não têm nenhum mecanismo de segurança externo à seguradora). O pior de tudo: neste produto, o capital apenas está garantido no vencimento.
Certificados do Tesouro mais vantajosos
Os Certificados do Tesouro Poupança Crescimento (CTPC) têm um prazo semelhante (máximo de 7 anos) e apresentam algumas vantagens comparativamente a este seguro da Mapfre:
- Do ponto de vista do rendimento, os CTPC são potencialmente mais interessantes. Os CTPC apresentam juros anuais a taxa crescente (0,5% a 1,6% líquidas) e a partir do segundo ano há um bónus em função da taxa de crescimento do PIB; se mantiver durante os 7 anos, garante um mínimo de 1% ao ano, mas poderá render 1,4% se as previsões do PIB se confirmarem.
- Relativamente à liquidez, nos CTPC não há comissão de resgate, nem nenhuma outra comissão. Apenas não é permitido o resgate durante o primeiro ano. Ou seja, após o primeiro ano, tem total liquidez e sem qualquer penalização.
- Por fim, no que diz respeito à garantia de capital, nos CTPC o capital está sempre garantido. O mesmo não se pode dizer deste seguro pois, em caso de resgate antecipado, fica sujeito ao valor de cotação e à comissão aplicada. Por isso, poderá não garantir o retorno do capital aplicado.
Por todas estas razões, preferimos os Certificados do Tesouro Poupança Crescimento.