LUSITANIA INVESTIMENTO 2018
– 1.ª série (3 ANOS) Seguro de capitalização da Lusitania Vida pelo prazo de três anos. Se resgatar no final do prazo, obtém 1,2% líquidos ao ano.
Subscrição até 30 de junho
• O Lusitania Investimento 2018 é um seguro de capitalização da Lusitania Vida pelo prazo de três anos. O período de subscrição desta série decorre até 30 de junho.
• A subscrição é feita através de uma entrega única, com o mínimo de 1000 euros e múltiplos de 100 euros. Há um custo de subscrição de 1%.
Sem vantagem fiscal
A fiscalidade dos seguros de capitalização é mais vantajosa do que a maioria dos produtos financeiros, mas só para prazos superiores a cinco anos. Neste caso, o prazo máximo é de três anos, pelo que é aplicada a taxa normal de 28% sobre o rendimento, tal como noutros produtos financeiros.
Resgate total a partir do 3.º mês
A partir do terceiro mês deste seguro é permitido efetuar o resgate total, sendo o seu valor igual ao capital investido, se ocorrer no primeiro ano do contrato, ou ao capital investido acrescido do rendimento garantido no fim da anuidade anterior, se ocorrer nos anos seguintes.
5,25% é, afinal, 1,2% líquida ao ano
O seguro rende 1,5% bruto no primeiro ano, 3,25% se resgatar ao fim dos dois anos e 5,25% se esperar até ao vencimento (três anos). O rendimento é assim apresentado em termos de taxas acumuladas, mas o importante é saber: qual seria o seu rendimento líquido anual, ou seja, a taxa anual efetiva líquida (TAEL)? E é essa que apresentamos na terceira coluna da tabela em baixo. Assim, se mantiver o seguro até o vencimento, ou seja, até ao fim do terceiro ano, obtém uma taxa anual líquida de 1,2%. Uma taxa bastante mais magra que os 5,25% apresentados no panfleto publicitário.
LUSITANIA INVESTIMENTO 2018 - 1.ª SÉRIE | ||
Ano | Rendimento bruto acumulado (%) | TAEL (%) |
1.º | 1,5 | 1,1 |
2.º | 3,25 | 1,1 |
3.º | 5,25 | 1,2 |
TAEL: taxa anual efetiva líquida, se mantiver até ao final do ano
Melhor depósito rende 1,3%
Ainda que o seguro Lusitania Investimento 2018 não seja desinteressante, há uma alternativa mais simples: um depósito a doze meses que rende 1,3%.
Trata-se do Invest Choice Novos Montantes, um depósito exclusivo para novos montantes que entrem no Banco Invest.
Se optar pelo melhor depósito para o prazo de três anos, o rendimento é igualmente de 1,2% líquido, no BNI Europa. Este depósito não permite mobilização antecipada.
PROTESTE INVESTE EM DEFESA DO INVESTIDOR:
TRANSPARÊNCIA FACILITA A COMPARAÇÃO
Depósitos e seguros de capitalização são produtos diferentes, regulados por diferentes entidades supervisoras, mas ambos dirigidos ao mesmo público: o aforrador que prefere produtos com capital garantido e baixo risco.
No entanto, têm características bastante diferentes: por exemplo, os depósitos apresentam como garantia o Fundo de Garantia dos Depósitos; já os seguros não estão ao abrigo de um fundo de garantia autónomo e são as reservas técnicas da seguradora que entram em ação em caso de dificuldades financeiras da seguradora.
Mas também as regras de prestação de informação são diferentes: nos depósitos é obrigatória a presença da taxa anual nominal bruta (TANB) e a TANB média, quando ocorram mais do que uma taxa ao longo do depósito (Aviso do Banco de Portugal n.º 10/2008); já os seguros de capitalização não estão abrangidos por esta regra e, por isso, muitas vezes apresentam a taxa acumulada, que é muito mais sedutora para atrair potenciais clientes, pois são números bem mais “gordos”.
Mas as taxas acumuladas induzem o aforrador em erro. Deveria sim constar uma taxa que permita comparar produtos com diferentes prazos: é o caso da taxa anual efetiva (TAEL). Contudo esta taxa pressupõe capitalização dos juros e nos seguros não há pagamento de juros anuais. Assim, é uma taxa mais académica, mas uma referência que pode facilitar a comparação entre produtos e desmistificar as taxas acumuladas.
As nossas críticas a esta forma de divulgar o rendimento não são de hoje: na edição n.º 968 (dezembro de 2016) analisámos um plano mutualista que promovia um rendimento acumulado de 83,5% para 25 anos e na edição n.º 945 (junho de 2016) analisámos dois seguros da Real Vida que também apresentavam o rendimento acumulado de 2% a 18 meses e 5% a 3 anos.
As regras referentes aos deveres informativos deveriam ser mais uniformes no tratamento dos diversos produtos financeiros. Uma ficha uniformizada, simples e com as características essenciais, para todos os produtos financeiros poderia facilitar bastante a comparação. E assim, promover as boas decisões dos aforradores.