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Postal Valor Crescente VII: rende 1,8% líquidos
Há 7 anos - 9 de fevereiro de 2015Resgatar antes não é boa ideia
• Seguro de capitalização da Fidelidade, pelo prazo de oito anos e um dia, em comercialização nos CTT até 27 de fevereiro. A subscrição é feita através de entrega única com um montante mínimo de 500 euros. Não tem comissão de subscrição nem de gestão.
• Em qualquer momento do contrato é possível efetuar o resgate parcial ou total. Mas, se resgatar durante o primeiro ano, recebe o prémio único deduzido de uma penalização de 1%, ou seja, o valor reembolsado é inferior ao dinheiro aplicado (TAEL de -1%). Se resgatar no segundo e terceiro ano, o valor reembolsado é igual ao montante que aplicou sem qualquer rendimento (TAEL de 0%). Do quarto ao oitavo ano, o valor do resgate corresponde ao prémio não resgatado revalorizado às taxas anuais até à data do pedido de resgate, deduzido de uma penalização de 1%. Em caso de resgate parcial, o valor mínimo de resgate é de 500 euros, devendo o remanescente ser igual ou superior ao mínimo de subscrição (também 500 euros).
Rendimento a taxa crescente
No vencimento, ao fim de oito anos e um dia, o valor a receber corresponde ao prémio pago acrescido da valorização da apólice até ao final do contrato. Sobre estes valores incidirá a respetiva tributação sobre os rendimentos à taxa legal em vigor na data de resgate (ver Vantagem fiscal dos seguros). As taxas brutas variam entre 1,8 e 2,3% e o rendimento anual líquido é de 1,8% se mantiver até ao vencimento, como se pode ver no quadro seguinte.
Postal Valor Crescente VII (Correios) | ||
Ano | TANB (%) | TAEL (%) |
1.º | 1,8 | -1,0 |
2.º | 1,8 | 0 |
3.º | 1,9 | 0 |
4.º | 1,9 | 1,1 |
5.º | 2,0 | 1,2 |
6.º | 2,05 | 1,4 |
7.º | 2,1 | 1,4 |
8.º | 2,3 | 1,4 |
8 anos e um dia | 1,8 |
Os CTPM são mais interessantes
É preferível manter o seguro até ao fim, de modo a usufruir da taxa de imposto mais baixa (11,2%) e conseguir o rendimento anual líquido de 1,8%. Mas constituir um produto de longo prazo com um rendimento tão pouco sedutor é arriscado. Em oito anos, o cenário das taxas de juro vai mudar certamente e este seguro tem fortes penalizações se resgatar antes do termo, pelo que poderá não ser uma boa opção investir. Existem no mercado alternativas de capital garantido e baixo risco mais rentáveis, ainda que para prazos diferentes.
• É o caso dos Certificados do Tesouro Poupança Mais (CTPM), também comercializados nos Correios. Apesar das taxas anuais terem descido este mês e ter sofrido com corte significativo no rendimento anual líquido, que passou de 3 para 1,6%, pode ser preferível receber 1,6% a cinco anos do que 1,8% a oito anos. Além disso, no caso dos CTPM, poderá acrescer ainda um bónus de 80% da taxa de crescimento do PIB, caso seja positiva, na taxa dos últimos dois anos. Assim, o rendimento poderá atingir os 2% se a atual previsão do FMI se verificar. Exigem um mínimo de 1000 euros e permitem o resgate em qualquer altura após o primeiro ano e sem custos, o que não acontece no seguro da Fidelidade. Os juros são pagos anualmente por crédito na conta à ordem. Faça uma simulação de quanto pode ganhar com os CTPM.
• Atendendo ao baixo nível de rendimento do seguro, poderá optar por outra estratégia: fazer depósitos a um ano à melhor taxa de mercado e ir renovando a cada ano. Dessa forma procura sempre a melhor taxa do mercado e não fica preso a um produto com fortes penalizações. Atualmente, a melhor taxa para um depósito a 12 meses é de 2,2%, para novos montantes entre 2000 e 75 000 euros a aplicar no Banco Invest.
Vantagem fiscal dos seguros
Ao contrário do que aconteceu no passado, os valores aplicados num seguro de capitalização já não são dedutíveis à coleta de IRS.
Atualmente, a vantagem dos seguros de capitalização, face aos restantes produtos de poupança, é a menor taxa de imposto sobre o rendimento quando o resgate ocorre após cinco anos. Por exemplo, se aplicar num seguro de capitalização por prazos entre cinco a oito anos, a taxa de imposto será de 22,4%. E, se investir por mais de oito anos, é cobrado apenas 11,2%.
Se resgatar até ao quinto ano inclusive, é tributado a 28%, ou seja, a mesma taxa aplicada noutras alternativas de poupança, como depósitos, Certificados de Aforro ou Obrigações do Tesouro. Por essa razão, os seguros são mais atrativos se investir por prazos superiores a cinco anos e mais ainda se aplicar por prazos superiores a oito anos.
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