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Jorge
Duarte
Analista financeiro independente registado na CMVM.
Licenciado em Economia pelo ISEG.
Membro da Ordem dos Economistas.
Como a subida das taxas de juro afeta as obrigações
Há 10 meses - 5 de abril de 2022
Jorge
Duarte
Analista financeiro independente registado na CMVM.
Licenciado em Economia pelo ISEG.
Membro da Ordem dos Economistas.
Antes da pandemia, com a inflação negativa, os bancos centrais estavam apenas preocupados com o crescimento económico. Mas à medida que a economia mundial começou a recuperar, a inflação disparou. Situação que o conflito na Ucrânia veio agravar.
A Reserva Federal dos EUA realizou um primeiro aumento da taxa diretora (de 0,25% para 0,5%) e pode colocá-la em 2% até ao final do ano. Apesar do Banco Central Europeu não ter seguido ainda o mesmo caminho, as taxas das obrigações já antecipam mudanças e subiram na zona euro.
Reação automática
Quando as taxas de juro caem, como nos últimos anos, as obrigações de taxa fixa já em circulação, que pagavam juros mais elevados, tornam-se mais interessantes e as suas cotações aumentam. É claro que este mecanismo funciona na direção oposta. Subida das taxas… queda das cotações.
Para medir este efeito é possível calcular a duração modificada da obrigação. O valor obtido é a sensibilidade da cotação ao aumento dos juros em 1% e é determinado por vários fatores. O mais visível é o prazo.
Quanto mais distante estiver a data de maturidade (reembolso) mais a cotação irá oscilar com as variações dos juros. Portanto, em circunstâncias normais, uma Obrigação do Tesouro com maturidade mais longa terá um rendimento superior e será mais arriscada. O mesmo raciocínio pode ser aplicado às carteiras dos fundos de obrigações.
Impacto na cotação das Obrigações do Tesouro (taxa fixa)
Obrigações são incontornáveis
Numa carteira bem diversificada, as obrigações emitidas em moedas sólidas continuam a ser essenciais para reduzir o risco global. São menos voláteis do que as ações e tendem a apreciar em tempos de crise. Ao mesmo tempo, mantemos uma diversificação geográfica para potenciar os trunfos cambiais. Por exemplo, o iene e o dólar dos EUA estão presentes em todas as carteiras dado o seu valor de refúgio. Também incluímos high yield, com maior risco mas maior rendimento.
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