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Obrigações do Tesouro ou Certificados: qual o mais rentável?
Há 4 anos - 2 de julho de 2018Atualmente, o rendimento das Obrigações do Tesouro varia entre -1,5% e 1,9%, como pode ver no quadro em baixo. É quanto obteria se adquirisse estes títulos à cotação atual e os mantivesse até ao vencimento: um rendimento muito pouco interessante.
Além disso, se adquirir e vender antes do fim do prazo, poderá perder dinheiro, já que a venda fica sujeita à cotação do título nessa data. Não recomendamos a compra.
Se ainda tem alguma destas Obrigações do Tesouro, pode vender e depois aplicar o montante nos melhores depósitos a um ano (1% no Banco Invest).
Para uma maturidade de sete anos, por exemplo, é preferível optar pelos Certificados do Tesouro Poupança Crescimento (CTPC), que também são títulos de dívida pública e garantem um mínimo de 1% ao ano, mais do que uma Obrigação do Tesouro para este prazo (0,6%).
Se tem OTRV, especialmente as primeiras emissões, deve manter até à maturidade, beneficiando do spread elevado na taxa de cupão, que acresce à Euribor.
Obrigações do Tesouro: Rendimento negativo para prazos até 6 anos
Os títulos com maturidade até fevereiro de 2024 (quase 6 anos) apresentam um rendimento negativo. Se os adquirir à cotação atual e mantiver até ao fim do prazo, vai perder dinheiro. A cotação subiu de tal forma que o montante que irá pagar atualmente não será compensado pelo que receberá em juros anualmente acrescidos do valor de reembolso.
Isto acontece em maturidades mais próximas, pois já não há tempo suficiente para recuperar o capital investido, uma vez que pagamos o título a uma cotação bastante superior ao valor nominal. Mas é uma boa cotação para vender, se já os tiver em carteira.
Nos títulos com maturidade superior a seis anos, o rendimento é positivo. No entanto, ainda não é o momento certo para investir em Obrigações do Tesouro. Quando as taxas de juro do mercado começarem a subir, e se verificar uma diminuição da procura destes títulos, a cotação das Obrigações do Tesouro poderá descer e os rendimentos aumentam. Por enquanto o cenário é outro: as cotações têm até subido, o que gera rendimentos muito pouco atrativos.
As Obrigações do Tesouro são títulos de dívida do Estado e também uma forma de diversificação dos investimentos. E representam mesmo mais de metade da dívida pública nacional: 51,9% está em Obrigações do Tesouro (OT) e 2,8% em Obrigações do Tesouro de Rendimento Variável (OTRV); os Certificados de Aforro representam apenas 4,8% no total da dívida pública portuguesa, tendo já sido ultrapassados pelos Certificados do Tesouro (6,4%); o Programa de Assistência Económica e Financeira representa ainda cerca de 23% da dívida do país.
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