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Poupanças ajudam portugueses na pandemia
Há 8 meses - 15 de dezembro de 2021As famílias portuguesas recorreram às suas poupanças para fazer face à pandemia. Os resultados do inquérito realizado entre Outubro de 2020 e Fevereiro de 2021, pelo Instituto Nacional de Estatística em conjunto com o Banco de Portugal, mostram a importância da poupança para a resiliência financeira das famílias.
De acordo com o Inquérito ao Financiamento e Consumo das Famílias em Portugal, a maioria das famílias, 69%, respondeu que a sua situação financeira permaneceu semelhante ao cenário que existia antes da pandemia.
Para lidar com a redução dos rendimentos, a maioria dos agregados familiares diminuiu as despesas em bens e serviços mais supérfluos e recorreu a poupanças já existentes. Outras estratégias usadas foram a venda de bens de valor, o recurso a moratórias sobre hipotecas de residência principal, o adiamento da compra de uma casa, um carro ou outro bem duradouro e a ajuda de familiares ou amigos.
Famílias com filhos mais afetadas
Já para 28% das famílias a sua situação agravou-se com a pandemia, sendo o impacto mais forte nos agregados familiares que dependiam dos rendimentos do trabalho antes da pandemia. A redução do rendimento foi mais evidente nas famílias com rendimentos mais baixos, bem como nos agregados onde a pessoa de referencia para o inquérito, ou seja a pessoa na família com o maior rendimento, tem um nível de educação inferior ao do ensino superior, é independente ou trabalha no setor do alojamento e dos serviços alimentares.
No que respeita aos rendimentos auferidos pela família, o maior impacto foram as situações de redução parcial dos rendimentos do trabalho, e menos a perda de emprego ou redução total de rendimentos.
As famílias com filhos foram também mais afetadas do que as outras, cerca de 38% enfrentaram mais dificuldades financeiras, em comparação com 26% das famílias só com adultos.
A classe média sentiu um maior impacto com uma maior deterioração da situação financeira para as famílias com rendimentos intermédios.
Para 3% das famílias a situação da pandemia trouxe uma melhoria da sua situação financeira.
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