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João
Sousa
Analista financeiro independente registado na CMVM.
Licenciado em Economia pela Universidade Nova de Lisboa.
Coordenador da Proteste Investe.
Pagar nos depósitos?
Há 2 anos - 23 de setembro de 2019
João
Sousa
Analista financeiro independente registado na CMVM.
Licenciado em Economia pela Universidade Nova de Lisboa.
Coordenador da Proteste Investe.
Juros negativos nos depósitos é um cenário que castiga os aforradores e que já vigora em alguns países europeus, mas que oficialmente ainda não é admitido no nosso país, e bem, pelo Banco de Portugal. Contudo, na prática, essa proibição não deixa de passar de uma figura de estilo já que existem vários bancos que prometem um rendimento zero vírgula zero nos seus depósitos em contrapartida de muitos euros que cobram aos clientes todos os semestres, em troca de nada. São as chamadas comissões de manutenção de conta que têm aumentado de forma significativa nos últimos anos.
Sem corresponder a uma verdadeira e efetiva prestação de serviço, estas comissões chegam a atingir várias dezenas de euros. Um maná para os bancos, à custa dos aforradores e mesmo sem corresponderem a uma específica prestação de um serviço, o que é inaceitável. E não se esperam mudanças a curto prazo, já que as taxas de juro continuam em queda e sem perspetiva de inversão.
Estratégia alternativa aos depósitos
Neste cenário o que resta ao consumidor? Em primeiro lugar, ainda existem alguns bancos online que não cobram quaisquer comissões de manutenção de conta e que nos seus depósitos a prazo oferecem uma remuneração líquida de comissões bem acima da média. Por exemplo, para o prazo de 12 meses as taxas variam entre zero e 0,8% líquida, sendo a média de 0,1%.
Em segundo lugar, se já tem um fundo de emergência e não necessita das restantes poupanças durante, pelo menos, cinco anos, pode seguir uma das nossas carteiras de investimento. Estas conjugam o objetivo de alcançar uma boa rentabilidade a longo prazo, mantendo o risco dentro de limites aceitáveis. Assim, com a nossa carteira equilibrada poderá alcançar um rendimento esperado, mas não garantido, de 5% ao ano, com o limite de uma eventual perda anual máxima de até 10%. É uma estratégia diversificada que diminui o risco mas aproveita os mercados com maior potencial.
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