- Desenhem-se produtos mais atrativos. Como? Adaptando-os à realidade. Séries de Certificados de Aforro indexadas a uma Euribor negativa não seduzem ninguém. Sugestão: criar séries com taxas fixas, ainda que por períodos mais curtos. Outro problema: o parco rendimento dos depósitos a prazo e dos produtos de dívida pública é quase sempre absorvido pelas taxas de inflação, que são superiores. Porque não criar produtos indexados à taxa de inflação para garantir que os aforradores conseguem ganhos reais positivos?
- Menos impostos. Ao rendimento dos produtos de dívida pública é aplicada uma taxa “cega” de 28%, seja qual for o produto e o prazo de aplicação. Bizarro: o próprio Estado não incentiva a poupança pela via do benefício fiscal. Já os PPR (com taxas de imposto entre 8% e 21,5%) e os seguros de capitalização (que podem ter taxas reduzidas de 22,4% ou 11,2%, consoante invista por prazos superiores a 5 anos ou 8 anos, respetivamente) beneficiam de uma política fiscal que privilegia – logo incentiva! – a poupança de longo prazo. Na Bélgica e em Espanha, independentemente dos produtos financeiros, há isenções e reduções da taxa de imposto até um determinado montante de juros anuais. Dá que pensar, não?
- FIN para os produtos do Estado. Voltamos a insistir: há que criar fichas de informação uniformizadas para os produtos de aforro do Estado, tal como já existem para os depósitos a prazo e para os fundos. Só uma ficha técnica padronizada permite comparar, corretamente, os vários produtos.