Nos últimos anos, as taxas de juro dos depósitos parecem não parar de descer. Aliás, para muitos bancos já não é sequer possível descer mais porque já atingiram as taxas zero e nada oferecem de rendimento aos seus clientes.
Muitos bancos também reduziram a oferta de depósitos, sobretudo para prazos mais longos. Na maior parte, as taxas estão muito abaixo das previsões para a inflação para este ano em Portugal (1,1%, segundo o FMI; 1,4%, segundo o Banco de Portugal e 1,5%, segundo o Governo).
Em média, um depósito de 5 mil euros a 12 meses rende apenas 0,3%. Ou seja, a maior parte do capital aplicado este ano em depósitos perderá valor real; os portugueses vão perder poder de compra com as suas poupanças. A solução é encontrar depósitos com remuneração líquida superior à taxa de inflação.
Depósitos que rendem mais
Não recomendamos depósitos por prazos muito curtos, como um mês, já que as taxas estão muito baixas e bastante abaixo da inflação prevista. A melhor taxa para um depósito de 30 dias é no Banco BNI Europa, mas é apenas de 0,3% líquida.
Nos restantes prazos, é o BNI Europa que lidera. O Banco Privado Atlântico Europa e o Banco Invest oferecem das melhores taxas do mercado. No curto prazo juntam-se aos anteriores o Banco BiG, o Best Bank e o Banco Carregosa.
Nas grandes instituições, como a Caixa Geral de Depósitos, o Banco BPI, o Santander Totta e no Novo Banco as taxas andam próximas de zero e mesmo zero em alguns prazos.
Tenha ainda em atenção as comissões de manutenção da conta cobradas pelos bancos. Estas variam em função da sua relação com o banco e dos montantes aplicados. Para pequenos valores poderá mesmo não compensar aplicar num depósito a prazo, especialmente se este tiver um rendimento muito baixo ou nulo.
Se tiver mais de 100 mil euros
Se tiver um montante muito elevado, superior a 100 mil euros, para aplicar em depósitos, deverá colocá-lo de forma a que esteja todo sob proteção do Fundo de Garantia dos Depósitos. Este é o mecanismo que protege o aforrador em caso de falência do banco e garante o reembolso até um valor máximo 100 mil euros por banco e por titular.
Assim, se tiver 200 mil euros para aplicar em depósitos deverá dividi-lo em, pelo menos duas partes e aplicar cada uma delas numa instituição diferente caso seja o único titular dessas contas; se a conta tiver dois titulares então poderá manter os 200 mil euros no mesmo banco.
Lembre-se que há bancos estrangeiros a operar em Portugal, cujos sistemas de garantia de depósitos podem ser diferentes dos portugueses. Mas, graças às regras europeias, todos os depósitos nestes bancos estrangeiros estão também garantidos até 100 mil euros. Embora o limite de proteção seja o mesmo, na prática, as distâncias podem dificultar a resolução e, em rigor, a segurança pode não ser a mesma. Por isso, verifique se a instituição escolhida está ao abrigo do Fundo de Garantia nacional.
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