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Análise
Se a Euribor subir, vale a pena subscrever Certificados de Aforro?
Há 3 anos - 24 de setembro de 2018
Quando as taxas de juro subirem, o rendimento dos Certificados de Aforro será de imediato afetado. Será altura para investir neste produto de dívida pública, vendido nos CTT, em vez dos depósitos?

Os certificados de aforro podem ser adquiridos nos CTT
A subida da Euribor parece ainda uma miragem, mas quando as taxas de juro começarem a subir, não espere que os depósitos reflitam imediatamente essas subidas. Os bancos são mais lentos a refletir as subidas nos preçários. Já nos Certificados de Aforro, como a taxa base dependente da Euribor, de imediato se refletirá no rendimento.
Apresentamos três cenários de evolução da Euribor para os próximos anos e com a taxa anual efetiva líquida, pressupondo a capitalização dos juros e dos prémios de permanência.
• No cenário 1, supomos que a Euribor a três meses não se altera, ou seja, mantém-se em -0,319% nos próximos 10 anos. É um cenário pouco realista, que serve apenas para comparação. Neste cenário, mantém-se a atual taxa base da série E dos Certificados de Aforo que é de 0,681% bruta (0,5% líquida).
• No cenário 2, supomos que a Euribor a 3 meses sobe 0,125% por trimestre (ou seja, 0,5% ao ano) durante os dez anos de vida da série.
• No cenário 3, a Euribor a três meses sobe 0,2% por cada trimestre (0,8% ao ano e até aos 8% em 10 anos). Este é um cenário demasiado otimista e pouco provável.
A realidade deverá ser mais próxima do cenário 2. Além de ser indiferente se a Euribor subir muito (como o cenário 3), pois a fórmula de cálculo limita a 3,5% bruta a soma da Euribor a 3 meses acrescida de 1%. Ou seja, Euribor acima de 2,5% não altera mais a taxa base. Por isso, ainda que a Euribor subisse bastante, a influência no rendimento da série E é muito limitada. Não espere uma TAEL muito acima de 2%, mesmo em caso de subida da Euribor.
Quando a Euribor começar a subir, os Certificados de Aforro poderão tornar-se numa alternativa aos depósitos, mas não conte com rendimentos milagrosos. Por último, se detém Certificados de Aforro das séries mais antigas A e B está a beneficiar de uma taxa líquida de 2%: mantenha-os.
Os Certificados de aforro não são transmissíveis, exceto em caso de falecimento do titular.
Atualmente, só está em comercialização a Série E, cujo rendimento é igual ao da série D: taxa base de 0,5% líquida, para subscrições e renovações que ocorram neste mês de setembro.
A taxa base é determinada mensalmente no antepenúltimo dia útil do mês, para vigorar durante o mês seguinte, segundo a fórmula: E3+1%, em que E3 é a média dos valores da Euribor a três meses observados nos dez dias úteis anteriores. Da aplicação da referida fórmula não pode resultar uma taxa base superior a 3,5% bruta, nem inferior a 0%. Para além da taxa base, acresce ainda um prémio de permanência: 0,5% do início do 2.º ano ao final do 5.º ano, e 1% do início do 6.º ano até ao final do 10.º ano.
Apresentamos três cenários de evolução da Euribor para os próximos anos e com a taxa anual efetiva líquida, pressupondo a capitalização dos juros e dos prémios de permanência.

• No cenário 1, supomos que a Euribor a três meses não se altera, ou seja, mantém-se em -0,319% nos próximos 10 anos. É um cenário pouco realista, que serve apenas para comparação. Neste cenário, mantém-se a atual taxa base da série E dos Certificados de Aforo que é de 0,681% bruta (0,5% líquida).
• No cenário 2, supomos que a Euribor a 3 meses sobe 0,125% por trimestre (ou seja, 0,5% ao ano) durante os dez anos de vida da série.
• No cenário 3, a Euribor a três meses sobe 0,2% por cada trimestre (0,8% ao ano e até aos 8% em 10 anos). Este é um cenário demasiado otimista e pouco provável.
A realidade deverá ser mais próxima do cenário 2. Além de ser indiferente se a Euribor subir muito (como o cenário 3), pois a fórmula de cálculo limita a 3,5% bruta a soma da Euribor a 3 meses acrescida de 1%. Ou seja, Euribor acima de 2,5% não altera mais a taxa base. Por isso, ainda que a Euribor subisse bastante, a influência no rendimento da série E é muito limitada. Não espere uma TAEL muito acima de 2%, mesmo em caso de subida da Euribor.
Certificados de aforro podem ser alternativa aos depósitos
Por enquanto, mantenha-se atento. Espere mais um pouco. Aplique apenas quando a Euribor começar a subir. Para já aproveite os depósitos promocionais de curto prazo (até um ano) que alguns bancos proporcionam aos novos clientes e novos montantes.Quando a Euribor começar a subir, os Certificados de Aforro poderão tornar-se numa alternativa aos depósitos, mas não conte com rendimentos milagrosos. Por último, se detém Certificados de Aforro das séries mais antigas A e B está a beneficiar de uma taxa líquida de 2%: mantenha-os.
Certificados de aforro: subscrição nos CTT
Os Certificados de Aforro são instrumentos de dívida pública criados para captar a poupança das famílias. São comercializados nos Correios e o mínimo de subscrição é de apenas 100 euros.Os Certificados de aforro não são transmissíveis, exceto em caso de falecimento do titular.
Atualmente, só está em comercialização a Série E, cujo rendimento é igual ao da série D: taxa base de 0,5% líquida, para subscrições e renovações que ocorram neste mês de setembro.
A taxa base é determinada mensalmente no antepenúltimo dia útil do mês, para vigorar durante o mês seguinte, segundo a fórmula: E3+1%, em que E3 é a média dos valores da Euribor a três meses observados nos dez dias úteis anteriores. Da aplicação da referida fórmula não pode resultar uma taxa base superior a 3,5% bruta, nem inferior a 0%. Para além da taxa base, acresce ainda um prémio de permanência: 0,5% do início do 2.º ano ao final do 5.º ano, e 1% do início do 6.º ano até ao final do 10.º ano.
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