Reclamações com viagens duplicam até junho
Atrasos de voos, cancelamentos de viagens, testes covid para entrar e sair do País, vouchers para utilizar mais tarde e reembolsos não conseguidos motivaram mais de oito mil queixas de empresas de Turismo e Lazer desde o início do ano.
- Especialista
- António Lino
- Editor
- Ana Santos Gomes

Só nos primeiros seis meses de 2022, a DECO PROTESTE recebeu 8773 reclamações de empresas que operam no setor do Turismo e Lazer. O número de queixas subiu 128%, ou seja, mais do que duplicou face às 3844 reclamações deste setor registadas no ano passado. O número de reclamações subiu particularmente em abril, coincidindo com as férias da Páscoa. Um fenómeno que se explica facilmente com o regresso dos portugueses às muitas viagens adiadas durante os últimos dois anos de sucessivos confinamentos.
Com efeito, os anos 2020 e 2021, mergulhados na pandemia de covid-19, obrigaram a suspender muitas viagens já planeadas e converteram alguns dos valores pagos em vales (vouchers) para utilização posterior. A utilização dos vales nem sempre foi pacífica entre consumidores e operadores turísticos, gerando uma onda de reclamações sobre os prazos de validade dos vales e as condições impostas para a sua validação. Desde o início de 2020, a DECO PROTESTE recebeu 1785 queixas relacionadas com vouchers de viagens.
Cumprir as obrigações de testagem impostas pelo Governo para entrar e sair do País também não foi fácil para muitos consumidores. Os atrasos de alguns voos deixaram expirar o prazo de validade de muitos testes feitos propositadamente para a ocasião, sem que fosse possível voltar a repetir o teste à covid em tempo útil para seguir viagem.
A estas reclamações juntaram-se muitas outras relacionadas com atrasos e cancelamentos de viagem, pedidos de reembolso e de indemnização, além de queixas sobre estadias em locais que não correspondiam às expectativas anunciadas no momento da reserva.
Apesar da subida do número de reclamações de empresas dos setores de Turismo e Lazer, os primeiros seis meses de 2022 estão a registar um decréscimo de 9% no número total de queixas recebidas pela DECO PROTESTE. Até 22 de junho, foram recebidas 144 452 reclamações via telefone, e-mail e Portal Reclamar.
É ao Portal Reclamar que chegam, diariamente, as reclamações de todos os consumidores portugueses, independentemente de serem, ou não, subscritores da DECO PROTESTE. O Portal Reclamar mantém um canal de comunicação direto com as empresas reclamadas, garantindo um tratamento mais rápido e eficaz de cada uma das queixas ali registadas. Em média, o tempo de resposta das empresas às reclamações registadas no nosso portal é de cinco dias.
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MEO, NOS e CTT lideram reclamações de 2022 no Portal Reclamar
Os dois maiores operadores de telecomunicações, MEO e NOS, mantêm-se intocáveis nos lugares cimeiros da lista das empresas mais reclamadas no Portal Reclamar nos primeiros seis meses de 2022. Já o terceiro lugar do pódio das empresas mais reclamadas é assegurado pelos CTT.
A Medicare, a TAP e a Vodafone ocupam os lugares seguintes na tabela. Fazem ainda parte da lista de dez empresas mais reclamadas a Worten, a E-dreams, a EDP Comercial e a GTech.
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