BES: responsabilidades e contas por acertar

Mais de um ano e meio após a resolução do Banco Espírito Santo pelo Banco de Portugal, continuam por apurar as responsabilidades pelo seu colapso. A DECO instaurou então processos contra os intervenientes no caso BES, uma ação legal que ainda não teve desfecho.
Decorreu mais de ano e meio desde que o Banco de Portugal determinou a resolução do BES. Infelizmente ainda não foram apuradas as responsabilidades pela implosão daquele que então era o banco português com a maior e mais forte presença na bolsa.
O processo que antecedeu a decisão do Banco de Portugal foi reprovável. Os pequenos acionistas, muitos clientes e os contribuintes foram lesados pela atuação ou pela inação dos intervenientes.
A situação motivou-nos a instaurar processos contra estes intervenientes: supervisores, auditores do banco e administração do BES à época. Até hoje não houve desfecho da nossa ação legal. Será que a culpa vai morrer solteira?
Os resultados agora divulgados pelo Novo Banco são um lembrete. O prejuízo em 2015 superou os € 980 milhões, algo que dificilmente se pode atribuir apenas à má conjuntura económica.
Até que ponto a separação entre as atividades do BES foi bem efetuada na resolução? Será que o Novo Banco ficou com responsabilidades que deveriam ter permanecido, logo à partida, no banco mau?
Esta é uma situação preocupante, pois pode comportar mais encargos para o fundo de resolução, uma entidade que tem sido muito dependente dos contributos do Estado. Ou seja, mais uma vez, verifica-se o risco de a fatura vir a ser paga pelos contribuintes.
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