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Como encontrar alojamento para estudantes
Arrendar um quarto, partilhar casa, morar numa residência de estudantes ou obter um complemento de alojamento são algumas das opções para os alunos que estão longe de casa. Veja ainda quanto pode abater nos impostos.
- Especialista
- Magda Canas
- Editor
- Myriam Gaspar , Ana Rita Costa , Filipa Nunes e Cláudio Nogueira
10 agosto 2022

Saber se faz sentido arrendar um quarto ou uma casa noutra cidade para frequentar a universidade continua a ser pertinente. Se tudo continuar como tem ocorrido nos últimos meses, apesar de o plano continuar baseado no modelo presencial, as universidades mantêm autonomia para definir as suas próprias estratégias e optar, por exemplo, entre aulas presenciais ou à distância.
A verdade é que o alojamento é quase sempre a maior fatia da despesa mensal para as famílias dos estudantes. O mais acertado será contactar o mais cedo possível a instituição de ensino que o aluno irá frequentar, de modo a saber qual o tipo de aulas que a mesma terá, para tomar uma decisão consciente.
De acordo com o calendário divulgado pela Direção-Geral do Ensino Superior, ainda sujeito a confirmação, os caloiros conhecerão a sua sorte a 11 de setembro (primeira fase). A segunda fase das colocações está agendada para 30 de setembro.
O candidato deve ponderar se se justifica procurar um alojamento que obrigue a um pagamento mensal fixo ou a uma permanência no contrato. Nos casos em que não predomine o modelo presencial, pode ser preferível optar por ir e vir no mesmo dia, se for exequível, ou recorrer a estadias na casa de amigos ou familiares, ou em hotéis ou pensões. Supondo que só é expectável o aluno ir à universidade alguns dias por semana, para ter aulas de laboratório, por exemplo, dificilmente se justificaria arranjar um alojamento estável, com as inerentes despesas fixas. Só depois de ponderar todos os prós e contras sob o ponto de vista financeiro, faz sentido procurar onde residir.
Encontrar alojamento nem sempre é uma tarefa fácil, dada a escassez de oferta a preços aceitáveis. A maioria dos estudantes aproveita o dia da matrícula para encontrar casa, mas o ideal é começar a pesquisa o quanto antes. Em princípio, a oferta é maior e os preços mais acessíveis. A data da matrícula depende da instituição, mas tudo indica que ocorrerá entre 12 e 16 de setembro. O Observatório Digital do Alojamento Estudantil é uma boa dica para ter ideia dos preços médios praticados, bem como para acompanhar o número de quartos disponíveis em cada zona do País. Conheça as várias alternativas de alojamento.
Opções de alojamento para estudantes
Partilhar os custos de arrendamento de uma casa, um quarto numa residência universitária ou candidatar-se ao arrendamento acessível são algumas das alternativas.
Arrendar um quarto ou partilhar casa
Se a intenção é procurar um quarto, as agências imobiliárias não deverão ser o primeiro recurso, pois em regra não têm esse tipo de oferta. O recurso a pessoas conhecidas, a consulta atenta dos placards que existem à entrada das universidades e a internet são meios privilegiados para procurar este tipo de alojamento. Muitos dos quartos disponíveis pertencem a casas onde só vivem estudantes, mas nem sempre. Há muitos proprietários de imóveis que disponibilizam alojamento, mantendo neles a sua residência.
Arrendar um apartamento e partilhar o espaço é uma boa forma de reduzir os custos inerentes à gestão de uma casa ou à mensalidade de um quarto. Se for esta a opção, o melhor é começar desde logo por procurar uma ou mais pessoas de confiança para a dividir. Pode recorrer a agências imobiliárias, às várias plataformas que trabalham no mercado imobiliário na internet ou aos serviços de ação social das universidades e politécnicos. Há plataformas, como a Uniplaces, que se dedicam exclusivamente ao alojamento para estudantes.
Residências de estudantes
Esta é uma boa opção para as famílias com maiores limitações financeiras, pois os preços são mais atrativos, ainda que não estejam tabelados. Em regra, a mensalidade já inclui despesas como eletricidade, água e comunicações. Os quartos, contudo, costumam ser partilhados com outras pessoas, o que pode ser um obstáculo para alguns candidatos.
A maioria das residências universitárias é gerida pelos próprios estabelecimentos de ensino. Como as vagas não são muitas e os estudantes com maiores dificuldades financeiras têm prioridade, o acesso faz-se através de candidatura. Só é possível apresentá-la após a matrícula no estabelecimento de ensino. Deve recorrer aos serviços de ação social do estabelecimento de ensino para esta opção ou outras de custo mais reduzido.
Atualmente, as principais universidades têm muitas informações sobre alojamento, enquadrado ou não na gestão nas instituições, nos seus próprios sites. Visite a página da universidade e procure a área respeitante ao alojamento. Alguns desses sites já permitem a candidatura online às residências universitárias.
Em cidades tradicionalmente universitárias, como Coimbra, tem uma alternativa adicional: as repúblicas. Em abono da verdade, estas não são mais do que casas partilhadas, com regras próprias, onde todos contribuem para as despesas. As informações boca-a-boca e os placards disponíveis nas universidades são a forma de obter contactos para encontrar esse tipo de alojamento.
Também há a possibilidade de optar por residências geridas por entidades privadas. A internet é a melhor forma de as encontrar e saber condições. Na maioria dos casos, os preços são bastante superiores. Porém, as características do alojamento também são, à partida, melhores.
Arrendamento acessível
Os estudantes ou pessoas inscritas em cursos de formação profissional também podem candidatar-se ao arrendamento acessível, que garante rendas mais baixas aos inquilinos. Não necessitam de ter rendimentos próprios, desde que o pagamento da renda seja assegurado por fiador (pais do estudante, por exemplo). Para mais informações, aceda ao Portal da Habitação.
O que fazer se planeia um programa de Erasmus+
A ida para fora do País é o sonho de muitos estudantes universitários, mas a maioria é confrontada com enormes dificuldades em encontrar alojamento, sobretudo a preços que as suas famílias possam pagar.
No âmbito deste tipo de programas, os estudantes podem receber bolsa, a título de contribuição para as despesas de viagem e estadia, a qual pode variar em função das diferenças de custo de vida entre o país de origem e o país de destino, do número dos candidatos, da distância e da eventual existência de outras bolsas.
Deve contactar a agência nacional e a instituição de ensino superior de envio para se informar sobre as taxas aplicáveis. Os estudantes que efetuem um estágio e os alunos de grupos desfavorecidos e de regiões ou países do programa ultraperiféricos podem beneficiar de apoio adicional.
Os níveis do apoio concedido e as taxas fixas para intercâmbios entre países do programa e países dos parceiros são publicados no Guia do Programa Erasmus+.
Se um estudante decide ir para fora, deve estar consciente de que o tema alojamento é da sua inteira responsabilidade. Deve começar por contactar o gabinete responsável pelas relações internacionais da universidade de destino, porque esse organismo pode facilitar o acesso às residências universitárias e a outros tipos de alojamento. Normalmente, o contacto desse gabinete está disponível no site de cada instituição de ensino. Se não o encontrar, contacte diretamente a universidade.
As residências universitárias são uma das melhores formas de os estudantes se integrarem, porque não estão sozinhos numa cidade e num país que desconhecem. As condições que cada uma oferece devem ser analisadas minuciosamente pelos candidatos, pois o preçário praticado, o que está ou não incluído, o conforto que oferecem, entre outros itens, variam muito.
Além das residências universitárias geridas pelas universidades, também há as geridas por entidades particulares. O preço é, provavelmente, superior. Podem ser procuradas online e nos sites das próprias universidades.
O arrendamento de quartos ou casas, partilhados ou não, também é uma possibilidade no estrangeiro. Os conselhos que demos a respeito deste tema no panorama nacional aplicam-se também neste caso. O senão é escolher o espaço à distância. A solução pode passar por começar a procurar algo temporário. Depois, com calma e cuidado, escolher uma casa ou um quarto.
Apoios sociais para estudantes deslocados
Existem várias residências universitárias, espalhadas pelo País, destinadas ao alojamento de estudantes que necessitem de estar deslocados do seu agregado familiar para frequência das atividades académicas.
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