Detergentes para a casa de banho: como testamos

No laboratório, sujeitámos os detergentes a uma bateria de testes, para avaliarmos o desempenho na limpeza da casa de banho.

Eficácia a eliminar a sujidade

Verificámos o desempenho a limpar superfícies em tudo semelhantes às da casa de banho: lavatório, banheira, duche, sanita e vidros do chuveiro. Quando a água se evapora, deixa resíduos de calcário, sujidade e sabão depositados.

Passámos os produtos em superfícies esmaltadas horizontais e verticais, onde foi previamente aplicada uma mistura de sabão e sais de cálcio. Respeitámos o tempo de atuação indicado nas instruções. De seguida, usámos uma esponja molhada para remover a sujidade que os detergentes conseguiram desprender da superfície. Analisámos o resultado consoante uma escala de 1 (não eliminado) a 5 (muito bem eliminado).

Remoção do calcário acumulado

Pesámos e introduzimos uma placa de mármore em cada detergente não diluído, durante o tempo de atuação anunciado na embalagem. No final, verificámos eventuais perdas de peso da placa. Quanto menor o peso, melhor o poder descalcificante do detergente.

Prevenção de depósitos de calcário

Verificámos, de seguida, até que ponto cada detergente limita ou evita a formação de depósitos de calcário em superfícies limpas regularmente. O teste simula condições reais: recorremos a azulejos pretos de 15 por 15 centímetros e a um chuveiro a debitar água a 35°C.

Os azulejos foram tratados da forma descrita para o teste de eficácia a remover a sujidade, mas instalados na vertical. No final do tempo de atuação, a torneira do chuveiro foi aberta. Respeitámos o tempo de espera necessário à completa secagem dos azulejos entre utilizações.

No final deste processo, que se repetiu 30 vezes ao longo de dez dias, à razão de três banhos por dia, fizemos uma avaliação visual das superfícies, tendo como comparação dois azulejos não usados. A classificação dependeu de uma escala de 0 (ausência de estrias de marcas de água) a 6 (estrias de marcas de água muito visíveis).

Aspeto das superfícies limpas

Avaliámos se os detergentes deixam vestígios nas superfícies. Para o efeito, aplicámo-los numa superfície espelhada e, em seguida, fizemos o enxaguamento. Após uma secagem natural, pesquisámos traços na superfície tratada. O resultado foi avaliado em função de uma escala de 1 (vestígios bem visíveis) a 5 (sem vestígios).

Agressividade para os materiais

Aplicámos os detergentes em superfícies de diferentes materiais (esmaltadas, cromadas, de aço, cerâmicas e acrílicas) e deixámo-los atuar durante 24 horas, de forma a simularmos uma situação de mau enxaguamento.

As superfícies foram novamente enxaguadas e secas, e pesquisámos eventuais danos. Quando foram detetados, repetimos o ensaio, mas agora respeitando o tempo de atuação indicado nas instruções.

Impacto ambiental dos detergentes

Para esta avaliação, baseámo-nos em vários fatores:

• Ingredientes anunciados. Segundo o regulamento europeu relativo aos detergentes, deve ser indicada a lista de ingredientes dos produtos. A cada um, atribuímos uma pontuação com base em aspetos como a biodegradabilidade e a toxicidade para peixes e algas;

• Análises químicas para conhecer a concentração dos ingredientes com maior impacto ambiental;

• Embalagem. Pesámo-la vazia e medimos a quantidade real de detergente. Nesta relação, valorizámos os produtos com menor quantidade de embalagem. Demos ainda preferência às embalagens concebidas em material reciclado, às recargas da embalagem original ou à possibilidade de reencher num local de venda;

• Certificação com o Rótulo Ecológico Europeu.