Tipos de detergente para a roupa
Os supermercados estão cheios de detergentes de vários tipos e não é nada fácil escolher. Por um lado, a apresentação é, hoje, mais variada. Aos pós e líquidos juntaram-se as unidoses em pastilhas de pó ou cápsulas em gel ou mesmo um misto das duas. Mas também é enorme o tipo de roupa a que se destinam e já lá vai o tempo em que tudo se lavava com um único detergente.
As versões específicas para roupa de cor e para tecidos delicados apareceram há mais de duas décadas, mas as marcas “criaram” a necessidade dos detergentes para roupa preta, para roupa de bebé e até para roupa de desporto ou com proteção extra para certas fibras. Se, a isto, juntarmos a imensa variedade de perfumes, por um lado, e as versões Eco, por outro, não há dúvida de que a escolha do detergente mais adequado a cada lavagem parece um autêntico quebra-cabeças.
Mas não desespere. É que, na verdade, os detergentes acabam por se enquadrar num de três grupos básicos: universais, roupa de cor e tecidos delicados. Os restantes são pequenas variações dentro destes grupos.
Os detergentes universais podem ser usados na grande maioria dos tecidos que lavamos no dia-a-dia: tecidos de algodão ou sintéticos, brancos ou de cores claras e resistentes. Têm agentes de branqueamento (além do encardimento, atuam em certas nódoas de origem vegetal) e enzimas (dedicadas a combater grupos específicos de nódoas). Aliam o bom desempenho na lavagem à melhoria do grau de brancura do tecido, evitando que fique encardido.
Os detergentes para roupa de cor, sem agentes de branqueamento, não provocam desgaste nas cores iniciais, sendo notória a diferença em sucessivas lavagens de roupa escura quando comparada com os detergentes universais. Por vezes, contêm ingredientes especiais que impedem o esbatimento das cores ou a transferência dos pigmentos responsáveis pela cor de um tecido para outro.
Já os detergentes para tecidos delicados devem ser escolhidos na lavagem de lãs, sedas ou tecidos que exigem tratamento cuidadoso. Não têm a enzima protease, que, embora ataque a sujidade de origem proteica, é prejudicial para as fibras de origem animal, como a lã e a seda. Aliás, este é um dos principais motivos pelos quais os detergentes universais não devem ser usados na lã e na seda. Não têm, também, agentes alcalinos, que favorecem a formação de borbotos, nem agentes branqueadores.
Detergente em pó e detergente líquido
Quando os detergentes apareceram, a base era o sabão obtido a partir de óleos e gorduras vegetais e animais. Face à subida dos preços destas matérias-primas, desenvolveram-se fórmulas sintéticas de custo mais baixo. Os primeiros detergentes deste tipo apresentavam-se em pó e destinavam-se, sobretudo, à lavagem de produtos têxteis. As versões líquidas e em gel chegaram mais tarde e não apresentavam problemas ao dissolverem-se na água, situação frequente com certas fórmulas em pó.
Hoje, nas lojas, encontra duas grandes famílias de detergentes: a fórmula sólida (pó e pastilhas) e a fórmula líquida (gel, líquido e cápsulas). Regra geral, os ingredientes usados no detergente em pó e no líquido são muito idênticos. Os primeiros necessitam de um aditivo que garanta a sua fluidez, bom escoamento e que impeça a aglomeração e a degradação do pó. Têm percarbonatos e TAED, ingredientes não comuns na fórmula líquida ou em gel, mas só por si não tornam as versões em pó mais eficazes do que as restantes. Pó ou líquido, há bons produtos em ambas as categorias.
Os detergentes são uma mistura muito complexa de ingredientes, cada um com uma função específica. No entanto, podemos considerar que os principais ingredientes são os tensioativos e as enzimas. Os primeiros têm a capacidade de remover a sujidade e fazer espuma. Por sua vez, as enzimas melhoram o desempenho dos tensioativos na lavagem a baixas temperaturas e combatem certas nódoas.