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Cadeiras de criança do grupo 1/2/3: descobrimos uma perigosa e quatro de má qualidade

No teste a cadeiras de criança, detetámos cinco modelos para riscar da lista de compras. Reprovámos quatro modelos e eliminámos um modelo perigoso.

27 maio 2022
Criança na cadeira dentro do automóvel

iStock

Atualizámos os resultados de uma categoria de cadeiras com um passado pouco famoso em matéria de segurança: o grupo 1/2/3, ou seja, indicadas para crianças entre os nove e os 36 quilos. Esta dimensão serve na perfeição uma estratégia de poupança: são a opção mais barata ao longo do período de uso. Permitem passar do ovo para a cadeira definitiva. Não servem para quem acaba de dar à luz.

Poupe com a nossa seleção de cadeiras de criança 

Face ao estudo de 2021, mais dois modelos engrossam a lista dos reprovados, incluindo uma cadeira eliminada por risco de lesões graves no impacto lateral. Alguns dos novos modelos de cadeiras não resistiram às provas mais exigentes. Aponte os nomes: Jané Groowy (sem ovo), Chicco YOUniverse Fix, Recaro Young Sport Hero, Chicco Gro-up e Kinderkraft Comfort Up. Utilização pouco prática e resultados fracos na colisão frontal ou lateral justificam este veredicto dos nossos especialistas.

Na Kinderkraft Comfort Up, o risco de lesões graves é real, em caso de acidente. Se comprou uma unidade deste modelo, recomendamos que reclame e tente fazer a troca na loja por um modelo seguro. Sem representante oficial em Portugal, a cadeira está sobretudo à venda em lojas online.

No teste a 25 km/h, a Kinderkraft Comfort Up não garante a proteção necessária. 
No teste a 25 km/h, a Kinderkraft Comfort Up não garante a proteção necessária.

A prova da colisão lateral e da colisão frontal a 64 km/h têm um peso decisivo e limitativo para a Qualidade Global da cadeira. Se um modelo reprovar, não passa no conjunto dos testes. A cadeira Kinderkraft Comfort Up não conseguiu sobreviver aos nossos critérios em laboratório, mais exigentes do que a homologação legal.

2011 crianças sem cadeira auto

O estudo mais recente de sinistralidade da Autoridade Nacional de Segurança Rodoviária destaca um número inquietante. Em 2021, as infrações pela ausência de sistemas de retenção para crianças aumentaram em 34 por cento. No total, as autoridades detetaram 2011 infrações, quando em 2020, nas operações de fiscalização, descobriram 1504 crianças sem a cadeira obrigatória. O relatório denuncia ainda um aumento de 19% de infrações pelo não-uso do cinto de segurança.

A evolução da sinistralidade envolvendo crianças até aos 14 anos é positiva. Em 2021, a taxa de mortalidade infantil por colisão no transporte automóvel foi a mais baixa de sempre. Contudo, o acidente rodoviário continua a ser a principal causa de morte e incapacidades em crianças e jovens em Portugal, com maior incidência nos passageiros de automóveis. E as colisões provocam o maior número de feridos graves entre as crianças. 

Testámos 171 cadeiras à medida de cada bebé

A segurança das crianças a bordo é a prioridade para os nossos especialistas, que testaram em laboratório um total de 171 modelos. Encontra os preços e os resultados completos no comparador online. Uma cadeira adequada e bem instalada é a principal medida para garantir a segurança da criança. Além de obrigatória, é o acessório mais eficaz para a proteção, minimizando a gravidade das lesões em caso de acidente.

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