Principais características
As crianças têm de viajar em cadeira até aos 12 anos ou até atingirem os 135 cm de altura, bastando cumprir um destes critérios. Para escolher o modelo ideal entre a imensa variedade disponível no mercado, saiba que as cadeiras auto estão divididas em vários grupos, que podem estar organizados de acordo com o peso da criança ou com a sua altura.
Se a homologação da cadeira respeitar a norma europeia ECE R44, as cadeiras estão organizadas de acordo com o peso da criança, em grupos 0, 0+, 1, 2 e 3.
À medida que vai crescendo, a criança terá de passar, pelo menos, por dois modelos de cadeira: uma dos grupos 0 ou 0+ (o típico "ovo") e outra do grupo 1/2/3. Se tiver dois ou mais filhos com pouca diferença de idade, pode ser preferível, ultrapassado o modelo 0 ou 0+, optar por cadeiras de grupos intermédios (1 e 2/3), para servir todas as crianças. São modelos mais caros, mas ganha em segurança.
Já se a homologação seguir a norma ECE R129, as cadeira estão segmentadas de acordo com a altura da criança, em centímetros. São os chamados modelos i-Size, organizados por intervalos de alturas (por exemplo, dos 67 aos 105 centímetros). Estes intervalos podem, no entanto, variar de marca para marca.
Seja na homologação por peso ou por altura, quase todas as cadeiras podem ser vendidas com e sem Isofix, o sistema de encaixe que permite a fixação da cadeira à estrutura do veículo. No caso das cadeiras i-Size, o recurso ao sistema Isofix é obrigatório em todos os modelos, exceto nas cadeiras "ovo", pois como a fixação ao assento é feita através de uma base, podem ser usadas com o sistema de fixação dos cintos do carro quando essa base não está disponível.
Quando a criança sai do “ovo” e passa a viajar sentada, pode fazê-lo inicialmente no sentido contrário ao da marcha, caso tenha uma cadeira com essa possibilidade de instalação, o carro permita e enquanto o bebé conseguir manter as pernas esticadas e confortáveis. Esta posição, teoricamente, é mais segura em caso de colisão frontal, mas como os acidentes se dão com componentes de forças com diversos sentidos, só através de uma avaliação global do desempenho de segurança das cadeiras se pode ditar qual o modelo que melhor segurança proporciona à criança.
É também admissível que a criança fique mais agitada quando viaja de costas, obrigando a uma interação constante com o adulto, que pode distrair-se mais durante a condução. A este facto acrescem ainda os possíveis enjoos, que são mais frequentes quando se viaja de costas.
Por tudo isto, há que ponderar bem a altura ideal para voltar a criança para o sentido da marcha, se tal contribuir para uma viagem mais tranquila e segura.
Quando as crianças já são crescidas, sempre que possível, opte pela versão cadeira, ao invés da versão sem costas. A opção por banco elevatório só deve acontecer quando a viagem em cadeira já se revela demasiado desconfortável para a criança e esta ainda não tem altura suficiente para o cinto passar no ombro, ao invés do pescoço.
Antes de comprar uma cadeira auto para o seu automóvel, consulte os resultados do nosso teste, porque recomendar um sistema não é garantia de segurança, já que a qualidade de construção pode comprometer o que a teoria indica como bons níveis de segurança. Sempre que possível, peça à loja para experimentar um exemplar da cadeira no seu carro, até porque há modelos que encaixam melhor em determinadas marcas de viaturas.