Teste a arroz: basmati e risoto recomendam-se
A qualidade do basmati e do risoto que testámos é globalmente boa. Certos pormenores de higiene e de conservação, detetados nalgumas das 23 amostras, ainda podem ser limados. O uso de pesticidas não foi além do limite legal.
- Especialista
- Dulce Ricardo e Susana Costa Nunes
- Editor
- Deonilde Lourenço

A tarefa grandiosa dos pequenos bagos do arroz é alimentar cerca de metade da população mundial, segundo os números da Organização para a Alimentação e Agricultura (FAO). Seja que receita ou variedade for, aquele cereal acompanha quase diariamente as refeições dos portugueses, e de muitos cidadãos por esse mundo fora. Pegámos em dois tipos de arroz – basmati e risoto – e testámo‑los em laboratório em várias frentes: humidade, tamanho e defeitos dos grãos, arsénio, micotoxinas, pesticidas e análise a microrganismos. As amostras totalizaram 23, entre 14 de basmati e nove de risoto.
De forma transversal, os resultados satisfazem, sobretudo no risoto. O consumidor nada tem a temer, por exemplo, em relação a um contaminante como o arsénio, que não detetámos.
Para conhecer as particularidades e as recomendações de cozedura para cada tipo de arroz, veja o nosso vídeo.
Arroz: carta completa de nutrientes
Entre 75% e 80% do grão de arroz é composto por amido, e cerca de 10 a 11% por água. Os chamados hidratos de carbono complexos vêm precisamente do amido. Segundo os profissionais, pelo seu perfil bastante nutritivo, e por conter hidratos de carbono complexos, o arroz deveria integrar cerca de 50% a 60% da dieta alimentar. Trata‑se de uma excelente reserva energética. Responde às necessidades do organismo e não degenera em acumulação de gorduras. Além do mais, o arroz é rico em proteínas, moléculas que ocupam cerca de 7% a 8% do peso do grão. É, aliás, o cereal com maior qualidade proteica, pois inclui oito aminoácidos essenciais, sendo ainda fonte importante de ferro, potássio, fósforo, magnésio, vitamina B1, B2 e B6, niacina e fibra dietética (hidratos de carbono não digeríveis). A principal fonte das vitaminas e minerais é a película, pelo que a qualidade nutricional do integral é muito superior à do branqueado.



Praticamente não tem gordura, nem colesterol. E a ausência de glúten adequa‑o a qualquer regime, pois não engorda (ao contrário dos molhos que, por vezes, o acompanham), nem suscita problemas de alergias ou de intolerâncias alimentares. Razões para o habilitarem a ser usado como matéria‑prima para farinhas, bolos e massas, em vez de trigo, para quem sofre de intolerância ao glúten, fenómeno crescente e que afeta 2% a 5% da população europeia.
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