Pagamento de portagens: fácil passar, difícil pagar
Quem não usa Via Verde nas portagens eletrónicas paga mais e de forma mais complicada. A cobrança tem de ser justa e igual para todos. Junte-se a nós nesta viagem. Assine o manifesto.
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Quem passa por uma autoestrada com pórticos eletrónicos, como nas ex-SCUT, só tem duas formas de pagar a portagem: por débito direto, caso tenha a Via Verde, ou através dos CTT. E é aqui que tudo se complica. Valores sobre as portagens em dívida, prazos de pagamento e onde fazê-lo são informações difíceis de encontrar. O consumidor é obrigado a saber que tem 15 dias úteis para pagar (antes eram só cinco dias úteis, mas o prazo foi alargado após a nossa dura crítica).
Inexistente é também a informação sobre onde pagar as portagens ou o número de SMS para obter uma referência multibanco.
Além disso, o valor que aparece nos pórticos só é válido para quem usa Via Verde. Quem paga as portagens nos CTT tem sempre custos extra (32 cêntimos por cada taxa de portagem em dívida, com o limite máximo de 2,56 euros por cada ato de pagamento).
E a saga não acaba aqui. Se o condutor não pagar as portagens dentro do prazo, é notificado pela concessionária da autoestrada, via carta registada, para o pagamento da taxa, acrescido de, no máximo, 2,21 euros por cada taxa de portagem em dívida. E se o verdadeiro condutor tiver outra morada, receberá outra notificação, acrescida de, no máximo, 4,42 euros. Nesta fase, a notificação da concessionária concede 30 dias para pagar. Porém, é frequente encontrar queixas de cidadãos que alegam não ter recebido as notificações de cobranças.
No final, se o condutor não pagar as portagens (por não ter informação sobre como fazê-lo ou não receber as notificações), acaba por ser considerado um devedor fiscal. As portagens em atraso transformam-se em dívida. A cobrança será feita pela Autoridade Tributária e o cidadão ficará sujeito à penhora dos bens.
Não aceitamos que o sistema de cobrança de portagens eletrónicas continue a funcionar assim. Leia o nosso manifesto e junte-se a nós para exigir ao Governo e aos grupos parlamentares uma alteração urgente a este modelo injusto de cobrança.